quinta-feira, 17 de junho de 2010

BIOGRAFIA: O PEQUENO PRÍNCIPE*

Karoline Duarte Rego**


O Pequeno Príncipe, nascido em uma minúscula estrela em muitas vezes inferior à Terra, apontada como sendo possivelmente o Asteróide B 612, viveu alguns poucos anos ao lado de três vulcões, um sendo extinto.

Conheceu com sua pouca idade um dos maiores ardis já enfrentados: a vaidade de uma rosa; e demonstrou cuidado e atenção pela mesma, além de uma profunda apreciação pelo pôr-do-sol, uma das suas maiores fontes de alegria.

Alguns dias, meses ou talvez anos depois de ter conhecido a rosa, revolvido seus vulcões e cuidado dos futuros baobás, fugiu com pássaros selvagens em busca de evitar as queixas provindas da ardilosa flor e à procura do real sentido da vida. Deparou-se, porém, com mais questões.

Enquanto viajou pelos asteróides 325, 326, 327, 328, 329, 330, viu-se na presença do Rei, com um ar tão superior sentado em seu trono de arminho; do Vaidoso, tão cheio de si mesmo; do Bêbado, melancólico e envolvido em uma situação na qual a vergonha estava acima da integridade; do Homem de negócios, que vivia exclusivamente para perpetuar um progresso infundado; do Geógrafo e do Acendedor de lampiões, este, aos olhos do Pequeno Príncipe, o único que não pareceu ridículo.

"Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, mais uma flor. Quando o apaga, porém, é estrela ou flor que adormecem. É uma ocupação bonita. E é útil, porque é bonita."

Por fim, chegou à Terra, onde descobriu tudo o que mais importa a um príncipe: o valor do seu Reino. Conheceu uma serpente, a solidão e a mais ilustre amiga: uma raposa, que lhe ensinou o verdadeiro significado do amor e do verbo cativar.

Repassando tudo o que viveu no período em que esteve vagueando pelo Universo, construiu mais um laço de amizade, dessa vez com um aviador que há muito tinha deixado de ser criança e de pensar com uma, mas que tornou a acreditar no essencial, que é invisível aos olhos - um segredo inicialmente da Raposa e logo após do Pequeno Príncipe.

Após um ano da sua chegada na Terra, onde a areia abraçava-se com o céu pontilhado, acompanhado do seu mais novo carneiro, desenhado pelo aviador, pediu à astuciosa serpente a oportunidade de voltar ao seu lar, onde encontraria o verdadeiro tesouro da sua existência - a rosa.

Depois de ensinar grandes temas com simples palavras retirou-se ao seu minúsculo pontinho brilhante no céu. Seu corpo tombou na arei do Deserto do Saara e sua história ainda está sendo repassada ao longo de muitos anos pelo grande aviador. A sua morte se deu na noite em que os desertos tornaram-se belos e as estrelas passaram a sorrir.

"O que torna belo o deserto, disse o principezinho, é que ele esconde um poço nalgum lugar."



* Biografia produzida como requisito avaliativo da disciplina Língua Portuguesa I. A proposta de produção solicitava a elaboração de um texto (reportagem, poema, história em quadrinhos ou biografia), para recontar o enredo do livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry.

** Aluna do 1° ano do Ensino Médio do Curso Técnico Integrado em Informática (turma 2) do IFRN – Campus Pau dos Ferros.


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